Moita do Ribatejo 24/05/1992
Foi uma pega muito emocionante pois o Toiro de Ernesto Castro teve uma arrancada imponente e entrou pelo Grupo adentro e só parou na porta dos cavalos sempre com ajudas a aparecerem!
Foram dois ajudas chamados a Praça!
1º ajuda – Luis Miguel Ribeiro “Pata Larga” e 2º Ajuda – Paulo Paulino “Bacalhau”!
Parecia que o Toiro nunca mais parava!…
O Grupo como era habitual ajudou muito bem e eu vinha bem agarrado…eheh…lembro-me que só pedia para o toiro parar…e quando parou escorriam-me lágrimas pela cara abaixo, talvez do esforço, medo e de certeza felicidade.
Foi das melhores sensações que tive a pegar…

Em segundo e em terceiro temos dois vídeos de duas pegas de cernelha, ambas na época de 1991, uma na Nazaré (1° Vídeo) um toiro Prudencio e outra no Campo Pequeno (2° Vídeo) um toiro Alberto Xavier com o António João Veríssimo a rabejar.
Divertíamo-nos muito quando íamos para a volta com o Toiro. A maioria das vezes, felizmente não era de recurso, naquela altura ainda havia cabrestos da própria ganadaria o que ajudava os toiros a encabrestar.
A pega de cernelha é muito mais complicada do que a de caras pois são os Forcados que tem de tomar a decisão de arrancar para o toiro!
O Rabejador também tem uma função determinante bem como os Campinos.
Uma boa parelha de Cernelheiros poupa muitas tareias a um Grupo e reforça a confiança de Todos.
Neste ano, 1991, peguei 13 toiros, dos quais 9 foram de cernelha e 4 foram de caras. O 10° toiro no qual fui escolhido pelo cabo para pegar, não consegui consumar a pega de cernelha, recorrendo assim a pega de caras na qual consegui em conjunto com o grupo pegar o toiro.
Diogo Dotti