Corrida na Centenária feira de Maio em Azambuja


Tarde de toiros em Azambuja, tradicional corrida da centenária feira de Maio, Domingo 27.

Numa tarde pouco agradável no que tocou ao clima, com alguma chuva a fazer-se sentir, o publico compareceu em força à praça de toiros de Azambuja (3/4 fortes), para assistir às actuações dos cavaleiros Manuel Jorge de Oliveira que cumpre este ano 30 anos de alternativa, Luís Rouxinol, João Salgueiro e o novilheiro local Paulo Sérgio na arte de “Montes”. Pelos rapazes da jaqueta de ramagens estavam os grupos de forcados amadores de Vila Franca de Xira no ano de comemoração dos seus 75 anos e forcados amadores de Azambuja que comemoram também os seus quarenta anos de formação, para pegarem 6 toiros da ganadaria do Engº Jorge de Carvalho a rondar os 500kg.Na direcção de corrida José Tinoca, e o veterinário Jorge Moreira da Silva.

 Manuel Jorge andou regular, a fazer-nos lembrar um pouco do que foram os seus já trinta anos de alternativa com as suas sortes frontais e desta feita proporcionando um espectáculo agradável, apenas mostrando alguma dificuldade no seu segundo toiro, “sobrero”, devido ao quinto toiro da tarde ter saído diminuído para a lide.

Luís Rouxinol, esteve bem nos dois toiros que lhe couberam em sorte, com destaque para o segundo, mais colaborador, apesar de não ter tido o brilho talvez merecido devido à chuva algo intensa que se fazia sentir nessa altura.

O cavaleiro da dinastia de Valada do Ribatejo, João Salgueiro que viria merecidamente a ganhar o troféu em disputa para a melhor lide, brindou-nos com duas excelentes actuações comprovando o excelente momento que vem a atravessar com lides em crescendo aguentando a sorte com o toiro a arrancar de largo e provocando desta forma o delírio nas bancadas.

Na lide apeada, Paulo Sérgio, novilheiro oriundo da escola de toureio da Pousada do Campino de Azambuja, deixou-nos na memória alguns bons “muletazos” por ambos os pitons, porém, sem a ligação devida.

Quando “toca pra unha”, abre praça o grupo mais antigo, amadores de Vila Franca de Xira, que no final viriam a ganhar um troféu em disputa para o melhor grupo em praça, cumpriu três actuações de rigor à 1ª tentativas, acima de tudo, com muita eficácia. Para a cara do primeiro toiro foi o forcado Paulo Conceição que brindou ao cavaleiro Manuel Jorge de Oliveira, numa pega sem aparente dificuldade, porém vistosa, com o grupo a ajudar acertada e eficazmente. Para a cara do segundo que calhou em sorte, saiu Diogo Pereira “Ruço”, que brindou ao presidente da edilidade local Joaquim António Ramos, esteve bem a citar, a receber e fechou-se com decisão num toiro que parece entrar por alto, mais uma vez com o grupo a fechar bem. Para finalizar a actuação do grupo, no toiro “sobrero” que se mostrou reservado, sendo também o mais pesado da corrida e que pouco andou no cavalo, saiu Ricardo Patusco que num brinde emotivo e com votos de uma rápida e franca recuperação ao nosso amigo Carlos Carvalho “Carlitos Báu Báu” esteve correcto à frente do oponente, mandou no mesmo, indo buscá-lo para se fechar com a habitual garra e decisão. O resto do grupo demonstrou coesão nas ajudas.

O grupo de Azambuja, que apesar dos seus quarenta anos de formação encontrando-se em fase de renovação, pegou os seus oponentes ao 1º, 2º e 3º intento, encerrando deste modo esta tão tradicional corrida de Domingo da castiça e centenária feira de Maio em Azambuja.

O jantar da ordem, realizou-se no restaurante “O Pomar” em Azambuja, e fazemos referência à qualidade dos pratos servidos, ao esmerado serviço de bar (pois em dia de chuva……chove lá fora e pinga para dentro!!!) e principalmente, ao magnifico, atencioso e agradabilíssimo serviço de mesa, para eles o nosso “Olé!!!”.

Mesa farta e bem regada, deu o mote para deixar o serão e entrar pela noite dentro com os habituais e alguns emotivos discursos, que tanto caracterizam o nosso grupo e que são sempre de louvar, em que houve oportunidade para antigos forcados darem a sua palavra,  outros não tão antigos,  actuais e amigos, encerrando como sempre este tércio o nosso estimado cabo Vasco Dotti.

Após acertar contas e de refazer a sala devido a alguma desmobilização (de lembrar que era Domingo e constava que na 2ªfeira haveria quem trabalhasse!!!) seguiu-se pela noite dentro uma agradável tertúlia, tendo como farol uma garrafa de whisky gentilmente “oferecida” (a esse alguém o nosso bem haja e que continue sempre assim tão generoso!!!).

Assim decorreu mais uma jornada na história do nosso grupo, que se caracterizou uma vez mais pela amizade que nos une e que assim continue a ser com a Graça de Deus.

Pedro Nunes “Gél”

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