Na aficionada vila de Alcochete, numa praça com meia casa forte mas com excelente ambiente decorreu uma corrida á Portuguesa, primeira da Feira Taurina local. Um imponente curro de toiros, que era para ser integralmente de Ernesto de Castro mas acabou por incluir 3 Toiros de Manuel Coimbra. Os pesos rondaram os 550 – 600 Kg na generalidade, tratou-se de um curro de toiros com muito trapio mas com jogo algo desigual em questões de bravura.
O 1º toiro da noite, um Coimbra, que andou sempre a chouto durante toda a lide talvez por estar algo diminuído dos quartos traseiros, chegou á pega com algum poder e a derrotar forte. O Pedro Castelo esteve bem no cite e a carregar, pecando eventualmente por não ter recuado o suficiente para obrigar o toiro a esticar o pescoço á procura do forcado e a tirar-lhe parte do derrote forte e uma entrada mais pronunciada do piton direito. Foi desfeiteado na 1ª e 2ª tentativas de modo muito idêntico e com bastante violência. Na 3ª tentativa, já a recuar o suficiente e com o Tavares a carregar mais a 1ª ajuda, o toiro foi recebido em condições entrando finalmente pelo grupo, onde o André Matos esteve bastante bem a dar uma preciosa mãozinha e o restante grupo a fechar com a prontidão necessária. Não deu volta por critério próprio, embora eu considere que não destoaria ter pelo menos ido á praça, já que se tratava de um toiro bastante complicado e os erros cometidos não foram suficientes para justificar uma nega neste aspecto.
A 2ª pega do Grupo de Vila Franca foi efectuada pelo Paulo Conceição. O toiro Ernesto de Castro com boa presença reagiu bastante bem ao cite e foi voluntarioso para a pega, mas o Paulo acabou por escorregar um pouco a recuar e na tentativa de recuperar acabou por se adiantar e levar forte do oponente. No meio da confusão junto ás tábuas, o André Matos acabou por ser maltratado acabando por recolher á enfermaria e posteriormente ao Hospital para observações. Não se vieram, felizmente, a revelar lesões de grande cuidado. Na 2ª tentativa o Paulo acabou por voltar a escorregar na fase de recuar e foi novamente desfeiteado. Por fim, á 3ª, com o Salsa a carregar a 1ª ajuda (de modo algo excessivo por dificultar o cara a recuar) a pega acabou por ser consumada, com o Grupo a ajudar muito bem.
O nosso 3º toiro, também um Castro, manso perdido e sem classe, foi pegado pelo Diogo Pereira “Ruço”. Muito bem a ir aos terrenos do toiro e a recuar de modo fabuloso, tirando tudo ao toiro que aparentava ir ser algo complicado de imobilizar. O Grupo fechou de modo fantástico e assim se encerrou a nossa actuação em Alcochete, nesta noite.
O Grupo de Alcochete esteve bem nas suas pegas, como é habitual neste Grupo, bastante “raçudo” embora o ultmo toiro tivesse provocado alguns problemas e lesões em 2 forcados que tiveram de ser retirados de maca. As últimas notícias recebidas apontavam para problemas sem gravidade.
O jantar desta corrida no restaurante da família Garcia (simpática família alentejano de Moura) no centro de Alcochete foi de bastante qualidade, animadíssimo e generosamente regado. Rega essa que se manteve noite (madrugada.. dia…) fora na caseta dos Forcados de Alcochete, sempre em ambiente de festa, ou não estejamos nós numa das festas mais castiças do País, as famosas festas do Barrete Verde de Alcochete.
Paulo Paulino “Bacalhau”