
Oliveira do Bairro, paragem seguinte da mini digressão do fim-de-semana, foi uma agradável surpresa, começando no dia acalorado e continuando na simpatia e acolhimento das gentes da zona que demonstram grande aficion, espelhada nos três quartos bem preenchidos de casa nessa tarde.
Saído à praça o primeiro toiro da tarde, na verdade um novilho como os restantes, mas bastante bem composto de carnes e com um sentido bastante desenvolvido para a idade. Na verdade, aquela grande quantidade de arrobas andou a maior parte da lide “campinando” e sem nunca se chegar a tábuas, apoderando-se essencialmente dos médios e sempre com a cara alta. Para a primeira pega da tarde, o Cabo elegeu o Rui Graça que vinha atravessando mais um bom momento desde o início desta época. O toiro não se colou a tábuas, mais uma vez, por vontade própria e arrancou com as mesmas caraterística demonstradas em toda a lide, o que provocou uma reunião de grande espetacularidade, com o Graça bem enrolado na cara, mas a sofrer um segundo derrote que não lhe deu a mínima hipótese e acabou por o deixar prematuramente inanimado na arena sem condições de voltar a tentar a pega.
Saiu o Pedro Castelo para a dobra, onde acabou por ter uma tentativa inicial incompleta, com o toiro a tirar a cara no momento da reunião, talvez fruto de uma eventual distração devido a qualquer movimento por trás do Grupo. Na sua segunda tentativa, esteve bastante bem, pegando com eficácia e contando com excelente ajuda do Tiago “Salsa”, João Maria, André Matos e com as terceiras a fechar na perfeição.
O terceiro toiro da tarde, demonstrou um comportamento já mais franco do que o inicial e teve na sua frente um forcado regressado às pegas de caras no Grupo principal, Pedro Loureiro “Falador”. Sereno na frente do toiro, aguentou bem um ligeiro “estranho” do oponente no momento da reunião, que descompôs de algum modo o forcado, mas este aguentou-se bastante bem de braços e com muita “alma”, entrou pelo Grupo dentro que o conseguiu ajudar já na zona dos terceiras, com grande eficácia e coesão, apesar do percurso irregular do toiro ao entrar pelo Grupo. Bom regresso deste forcado que andou uns tempos “desaparecido” do seio do Grupo de Vila Franca.
Para encerrar a atuação, o Cabo escolheu o forcado Flávio Henriques “Moguelas” para pegar o “negro bragado” que calhou em sorte. Na primeira tentativa, não esteve correto a mandar nem a recuar, pelo que o toiro não perdoou tais falhas e atirou com o forcado da cara para o solo com facilidade. Na segunda tentativa, o Flávio corrigiu as imperfeições demonstradas anteriormente, mandando bem e recuando já com a medida certa, teve uma reunião eficaz que lhe permitiu aguentar sem grandes problemas um derrote inicial que enviou o primeira ajuda, Ivo, quase até às tábuas, mas a eficácias dos segundas e dos terceiras cobriram bem a retaguarda.
O Grupo de Coimbra que alternava com o de Vila Franca teve uma boa exibição, tendo resolvido bem os problemas apresentados nessa tarde.
Com a Mealhada logo ali ao lado e o cansaço inerente a um fim de semana bem preenchido, acabámos a trincar leitão e bebendo um branco “fresquinho”, o que deu algum ânimo para “mastigar” mais uns quilómetros no regresso a casa.
Paulo Paulino