Noite de toiros na Nazaré com a inauguração da temporada 2016 na bonita e castiça praça de toiros do Sítio da Nazaré.
Presença do Grupo de Vila Franca de Xira que dividia as pegas a um curro de São Marcos com os forcados das Caldas da Rainha.
O público não marcou a presença esperada e o espetáculo iniciou-se apenas perante pouco menos de 1/2 casa.
O 1º toiro da noite saiu a cumprir no que toca a bravura mas apresentava uma forte tendência para humilhar demais e continuar com uma mangada seca para cima, algo que acabou por manifestar de modo pronunciado na pega.
O cara foi o Francisco Faria que esteve valente e com atitude, tendo ido 3 vezes ao toiro que não perdoou na 1ª tentativa um pequeno desacerto na reunião após ter ensarilhado na frente do cara.
Na 2ª tentativa, a característica já referida deste toiro sobressaiu e despachou logo na reunião o Francisco que não teve hipótese de se fechar e na 3ª, já com as ajudas a encurtar um pouco as distâncias, o Francisco fechou-se com ganas e o Grupo ainda teve de se arrimar para vencer o oponente, numa pega esforçada e muito digna.
Para o 3º toiro que na verdade estava para sair em 6º mas substituiu um outro que se inutilizou durante a lide, o cara escalado foi o Gonçalo Filipe.
O toiro não aparentava criar dificuldades de maior e tal veio-se a verificar.
Com um cite sereno que pecou por alguma falta de decisão na provocação final, o Gonçalo sacou-se muito bem à rápida investida do toiro e fechou-se na córnea, de modo superior, com o resto do Grupo a cumprir o seu papel com nota elevada numa boa pega à 1ª tentativa.
Para fechar a noite do Grupo de Vila Franca, saiu o 5º toiro que mostrou durante toda a lide ao que vinha.
A investir sempre pela certa, bruto na reunião e a mostrar que estava ali um toiro para a “guerra” e foi um Grupo bem avisado destas dificuldades que saltou decidido à arena com o Rui Godinho para a cara.
O Rui esteve como é seu hábito muito correto na cara do toiro e tentou sacar-se da melhor maneira possível à investida veloz do toiro, mas uma reunião de cima para baixo com o toiro a “200 à hora”, não deu a mínima hipótese de sucesso ao Grupo que ficou ainda mais avisado para as dificuldades que enfrentava.
Na 2ª tentativa, mais do mesmo, mas desta vez o Rui conseguiu fechar-se com um dos braços enquanto o outro procurava incessantemente subir pelo toiro e o Grupo, com uma coesão e decisão extraordinárias, conseguiu parar a locomotiva com o Rui já totalmente composto na cara. Foi uma dura batalha esta mas que decidiu a guerra a favor do Grupo de Vila Franca.
A corrida culminou com um animado jantar na Maria Matos, pois claro, com um final (e posterior epílogo) de festa perfeitamente de acordo com as expetativas.
Paulo Paulino “Bacalhau”