Desta vez não há uma crónica (escrita por algum cronísta do Grupo) das pegas efetuadas no “Festival dos 85 anos de Fundação do Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira” mas sim um conjunto de apanhados de crónicas de sites taurinos de referência, com a devida vénia a cada um deles, acompanhado de algumas ilustrações, pertença desses sites.
Do Site “Farpas-Blogue” retirámos as seguintes opiniões:
“Resultaram em cheio todos os apelos que foram feitos nas vésperas para que enchêssemos Vila Franca e ali fossemos prestar aos seus valorosos Forcados a grande homenagem que eles mereciam na comemoração dos seus 85 anos de glória. A praça “Palha Blanco” registou ontem uma grande enchente e por pouco esgotava (apenas algumas clareiras no sol, sombra à cunha sem caber um alfinete!). Lá fora, pinturas selvagens de anti-taurinos e o vandalismo bem patente na Estátua do Forcado – mas a força da aficion foi bem maior e superou tudo isso. Olé!
O Festival deu seguimento à grande onda de entusiasmo que reina em torno do toureio a pé e Curro Díaz foi autor dos momentos mais marcantes de uma tarde que foi de grandes e sentidas emoções também no toureio a cavalo (com todos a triunfarem com estilos distintos) e sobretudo na arte de pegar toiros, destacando-se pela alma e pela raça o grande e eterno Carlos Teles “Caló”.
Oito toiros (novilhos, no caso) é fruta a mais, mas ontem ninguém arredou pé. Era um Festival de homenagem aos Forcados e o público rendeu-se no princípio ao fim às emoções vividas na arena. Ainda por cima sem a chatice do habitual intervalo – que era coisa que deveria repetir-se em todas as corridas, ou seja, deixar de existir. Aplaudo o director Tiago Tavares por ter mandado avançar a função sem intervalo, ou seja, sem parar o bom ritmo em que decorreu o festival.
Quase 80 forcados estiveram ontem fardados e ao serviço na praça da sua terra. Entre eles, muitos antigos elementos que honraram anos a fio tão prestigiada jaqueta de ramagens – e dois antigos cabos, Jorge Faria e Vasco Dotti. Intervenção valiosa de muitos dos antigos nas cinco pegas e destaque maior para Carlos Teles “Caló”, que pegou com a galhardia costumeira o segundo novilho da tarde, depois de ter rabejado o primeiro.
As restantes pegas foram executadas por Pedro Castelo (à primeira), Bruno Casquinha (à primeira), Ricardo Patusco (à quarta) e Diogo Pereira (à primeira).
Guardou-se de início um minuto de silêncio em memória do pequeno aficionado espanhol Adrián, que morreu na véspera. Ao longo da tarde, houve brindes variados dos toureiros e forcados a várias personalidades, entre as quais o ganadeiro Manuel Calejo Pires e o antigo forcado João Franco. “Platanito”, “Caló” e o GFA de Vila Franca foram na generalidade as figuras brindadas pelos cavaleiros.”
Ainda o mesmo site “Farpas Bloque“, num artigo apenas dedicado às pegas, refere:
“Antigos e actuais elementos dos Forcados de Vila Franca fardaram-se ontem – e muitas das recordadas glórias intervieram nas pegas e alguns deles foram mesmo autores dessas pegas – no Festival na “Palha Blanco” em que se comemorou, com praça cheia, os 85 anos da fundação do grupo.
Pedro Castelo pegou à primeira o primeiro novilho da tarde, da ganadaria Casada Avó, em que intervieram antigas glórias do grupo e esteve “Caló” a rabejar.
A raça, o valor e a alma do eterno Carlos Teles “Caló” foi ontem a maior nota no que aos Forcados diz respeito. Já retirado há vários anos, o valente forcado gitano reafirmou ontem o seu historial com um pegão à antiga, executado à segunda tentativa, depois de o toiro da Casa da Avó, mal visto, lhe ter passado ao lado na primeira intervenção.
Bruno Casquinha pegou à primeira o terceiro novilho da ganadaria Casa da Avó, com grande e coesa intervenção de todos os companheiros.
O grande Ricardo Patusco, que no ano passado se retirou das arenas, não esteve ontem nos seus melhores dias. Pegou à quarta o novilho de Herds. de António Silva, sem o brilhantismo de outros tempos. Coisas que acontecem… Brindou a José Carlos de Matos, antigo cabo do grupo.
Grande a quinta e última pega, executada com brilhantismo à primeira por Diogo Pereira com excelentes e eficazes intervenções de todos os ajudas e que deu depois aplaudida volta com o cavaleiro António Prates. O novilho pertencia à ganadaria dos Herds. de António Coelho Charrua.”
O Site “Naturales – Correio da Tauromaquia“, referia-se nos seguintes termos ao Festival dessa tarde:
“A 9 de Abril, horas depois de um menino espanhol de 8 anos ter sucumbido à doença, e cujo sonho e desejo era ser toureiro, tendo por isso sido bastante criticado por anti-taurinos, Vila Franca de Xira acordou vandalizada.
Uma falta de respeito para com os Amadores locais, que nessa tarde festejavam os seus 85 anos de existência com a realização de um Festival Taurino. Uma falta de respeito para com o património (praça de toiros, estátua do forcado), mas principalmente uma falta de respeito para com a Liberdade dos aficionados.
Mas por mais que eles tentem, por mais que se contorçam todos em impropérios, vandalismos e outras patranhas, a força e a verdade da Festa abafa-os sempre.
Tudo se proporcionou para que à hora do festejo os sinais desse vandalismo fossem mínimos ou mesmo nulos e a melhor resposta, deu-se com uma Palha Blanco cheia! E porque as gentes da Festa são respeitadoras, Vila Franca prestou ainda um minuto de silêncio em memória de quem, apenas com 8 anos, tinha um sonho de ser toureiro, apenas isso…
Artisticamente resultou agradável o festejo onde a participação dos Amadores de Vila Franca proporcionaram momentos de saudosismo e emoção, com a participação de muitos forcados consagrados e alguns já retirados.
Abriu praça o cabo Pedro Castelo, secundado por elementos de várias gerações, que consumou uma grande pega à primeira, reunindo com decisão;
Seguiu-se Carlos Teles “Caló”, que sem problemas efectivou a pega ao segundo intento, depois de na primeira tentativa a rês ter ensarilhado ligeiramente;
Bruno Casquinha muito bem à primeira que citou seguro, fechou-se à córnea, com o grupo coeso a efectivar;
Ricardo Patusco à quarta e com ajudas carregadas, depois de anteriores intentos com reuniões defeituosas;
Diogo Pereira à primeira numa pega rija a aguentar a investida do novilho.
Uma tarde de Festa, de casa cheia e de bom toureio…”
Por fim compilámos o seguinte conjunto de opiniões neste extrato retirado do Site “Tauronews“:
“A velhinha Palha Blanco, em Vila Franca de Xira, registou na tarde hoje, domingo, 9 de Abril, uma substancial entrada de público, que preencheu três quartos fortes da sua lotação, para presenciar um festival de luxo, composto pelos cavaleiros de alternativa, António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol, Ana Batista e Paulo Jorge Santos e o praticante António Prates, na parte apeada, anunciavam-se os matadores de toiros, Vítor Mendes e Curro Diaz e o jovem João D’Alva que prestou provas para praticante.
Para pegar os cinco novilhos toiros da parte à portuguesa, estava o Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira, capitaneado, por Ricardo Castelo, em dia de Comemoração dos 85 anos da sua fundação, pelo que em dia de festa se fardaram Antigos e Atuais, num total de 77 elementos em praça.
Para completar o cartel, anunciavam-se para a lide a cavalo três exemplares da Casa da Avó e um de Herdº de António Silva e Herdº de António Coelho Charrua e para a parte apeada dois de Falé Filipe e um de Calejo Pires, todavia, após o sorteio e por imposição de uma das figuras, saiu o exemplar de Calejo Pires que foi substituído por outro de Falé Filipe.
A primeira pega da tarde, foi efetuada pelo forcado, Pedro Castelo à primeira tentativa, levando consigo velhas glórias dos Amadores de Vila Franca.
No final, volta para cavaleiro e forcado.
Novamente em praça o Grupo de Vila Franca, para a cara o eterno jovem, Carlos Teles, (Caló) que com raça pegou ao segundo intento, um novilho que colocava mal a cara no momento da reunião, mas que não foi problema de maior.
No final volta para cavaleiro e forcado.
A terceira pega, tal como todas as outras foi efetuada pelo forcado dos Amadores de Vila Franca, Bruno Casquinha, ao primeiro intento, superiormente ajudado nas terceiras ajudas.
Volta para cavaleira e forcado.
Para a pega, foi escolhido o forcado Ricardo Patusco, retirado no final da passada época, que devido à falta de força do adversário, só ao quarto intento consumou a pega.
No final, apenas Paulo Santos deu volta, ficando Ricardo entre tábuas, apesar da chamada de vários setores do público, penso que esteve bem, porque a volta é concedida pelo Diretor de Corrida, apondo um lenço castanho ou branco, conforme entenda que o forcado e o cavaleiro são merecedores de tal prémio e lenço azul, para o ganadeiro.
A participação dos Amadores de Vila Franca, terminou com a pega de Diogo Pereira, ao primeiro intento, apesar da reunião um pouco adiantada, mas suplantado pela eficácia das terceiras ajudas.
Volta para cavaleiro e forcado.
E assim terminou um festival de luxo, que teve momentos de bom toureio, quer a cavalo, quer a pé e de boas pegas e que foi dirigido pelo senhor Diretor de Corrida, Tiago Tavares, assessorado, pelo médico veterinário Dr. José Manuel Lourenço, acompanhados pelo cornetim José Henriques e da Banda do Ateneu Artístico Vilafranquense e que no inicio teve um minuto de silêncio em memória do menino Adrián, recentemente falecido vítima de cancro, contra o qual lutava e mantinha o sonho de ser toureiro.”
O Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira