Corrida de Sábado de Festas na Nazaré, com pouco público nas bancadas, tarde de agradável temperatura, com uns chuviscos de início.
Dos cavaleiros em praça José Manuel Duarte andou voluntarioso, mas só isso, não acrescentou muito ao espectáculo, necessita de cuidar da forma física, pois pareceu-nos pouco ágil.
Marco José lidou com alegria chegou ao público, pena que tentou montar o mesmo “numero” nos dois toiros, um cavalo árabe que lida bem e depois um cavalo de crinas soltas que dá muitos saltos e põe violinos. No primeiro toiro resultou, como no segundo já era repetição, foi mais do mesmo. De salientar a má prestação da quadrilha, que aquando das trocas de montadas davam autênticas “sovas” aos toiros. Será que cumpriam ordens?
Telles Bastos, muito correcto a lidar o seu primeiro com toureio do bom, sem sortes de engano, entrando recto, com uma brega eficiente e adornos de bom gosto, o melhor que se viu na Corrida. No segundo que estava diminuído fisicamente, fez a lide ajustada ao toiro.
Os Toiros todos a rondar os 500 kg, deixaram-se lidar, para o sonso e sem complicarem.
O Grupo De Forcados Amadores de Vila Franca de Xira, pegou em solitário a corrida e pegou bem. Para o 1º foi à cara o Márcio, à primeira não fez as coisas bem, como de costume, à segunda consumou com facilidade. Para o 2ª foi o Graça, toiros com algumas dificuldades de locomoção pois tinha as unhas excessivamente compridas e complicações na reunião, as duas primeiras vezes o forcado agarrado à córnea e os derrotes laterais desfeitearam-no, a terceira já com o primeiro ajuda Salsa mais em curto pegou, muito bem não deu volta.
Para o 3º o solista foi Pedro Castelo que fez tudo muito bem, terrenos bem definidos, mando na investida, recuar templando e pega à primeira. Pareceu fácil.
Para o 4º saiu à frente do Grupo Ricardo Patusco, toiro fechado em tábuas que não arrancou prontamente e o forcado desfez a pega, pareceu-nos a decisão prematura. Troca de terrenos, o toiro tardo e o Patusco a não estar confortável na situação, quando carregou com a habitual convicção a investida, recuou com maestria e à córnea ficou à primeira.
Ao 5º o Cabo escolheu o Ricardo Castelo para a cara e mais uma pega à primeira, cita de largo, reunião nos médios, excelente o Grupo a ajudar, com Tavares a estar oportuníssimo.
Para o último, o toiro de menos peso da corrida foi uma cernelha, pega sempre vistosa e emocionante, que está a deixar de fazer parte das soluções dos Forcados e que estes têm a responsabilidade de não a deixar morrer. O público também denota sempre alguma impaciência, mas os aficionados têm de manter a serenidade. Que foi o que não faltou ao Cabaço e ao Carlos, a primeira entrada o cernelheiro pôs as mãos a frente e cortou-se numa bandarilha ( 16 pontos), na segunda um cabresto aviou-o com uma parelha de coices no peitinho, à terceira e já um “pouco” combalido uma pega boa! Entrada decidida e no sitio, a tempo o rabejador, o toiro foi bem pegado.
Aproveitamos para dar os parabéns aos gémeos Castelo que faziam anos e o Cabo deu a cada, um presente com mais de 500 kg.
A rapaziada esteve atrevida todo o santo dia! A tarde com os Toiros, à noite e numa bela jantarada, com umas “bambinas” de belíssima apresentação. Ao jantar e em conversa entre os menos novos a tónica era : – No nosso tempo não era assim!!!!! –
Um abraço
Vítor Pereira “Mané”