Para escrever esta crónica deparei-me com algumas dificuldades, pois do dia e meio passado na região do Douro, o que de mau se passou foi só mesmo a corrida que tivemos em São João da Pesqueira, pois o restante foi excelente.
Mas começando pelo inicio, aqui vai…
Uma vez que os Gémeos têm um amigo da faculdade que tem uma Quinta no coração dos vinhos em Portugal, o Douro, fomos convidados para ir um dia mais cedo para cima com o intuito de desfrutar desta bela região do nosso pais, assim arrancámos ao final de sexta-feira, como destino, a Quinta do Monte Bravo em Ervedosa do Douro. Esperava-nos a simpática família Rodrigues para um belo jantar. A tarde e más horas lá chegamos para o tão esperado jantar, onde nada faltava, desde as óptimas amêijoas de entrada, passando pelo Javali e perdiz como prato principal e finalizando no óptimo bolo de chocolate da Teresa a mais nova do clã, tudo isto acompanhado pelo excelente vinho tinto Monte Bravo. Para finalizar tudo o que de excelente comemos e bebemos, um Vinho do Porto “Vintage” Monte Bravo que sem dúvida rematou tão recheado jantar.
Devidamente alojados num anexo da casa principal despertámos no dia seguinte para constatar que realmente merece a pena uma visita a estas bonitas paisagens das vinhas do Rio Douro.
Para o almoço estava reservado um cabrito assado, já com os restantes elementos do grupo, comemos bem e bebemos, pouco pois acima de tudo o compromisso principal começava as 22horas.
Ambiente bom, começávamos a preparar para a corrida onde tínhamos a tarefa de pegar 2 toiros de Vila Galé e um de Coimbra Barbosa, alternado com o grupo de Ap. Barrete Verde de Alcochete.
Para o nosso primeiro toiro, o escolhido foi o Fura, que depois de uma boa pega em Samora tinha aqui outra oportunidade para se mostrar. Com alguma dificuldade em colocar o toiro o Fura ainda o tentou fixá-lo, na primeira tentativa mas este saiu solto não permitindo ao Fura ficar na cara. Podia ter aproveitado uma oportunidade em que o toiro vinha franco mas preferiu desfazer, pegou à segunda tentativa com o toiro a entrar com um primeiro derrote forte mas deixando-se pegar.
Para o nosso segundo toiro também de Vila Gale um autêntico “boi manso” foi escolhido o Pedro Falador que depois de algum tempo afastado dos amadores regressava. Com certeza não era o toiro que desejava para o seu regresso pois este simplesmente não se arrancava nem com o carregar efectivo e decidido do Pedro, olhava o forcado, raspava no chão, uma vez provocado investia e batia forte tirando igualmente a cara, assim foram as duas primeiras tentativas, à terceira já com o grupo em cima resolveu-se este problema criado pelo de Vila Galé.
Para o nosso último toiro de Coimbra Barbosa, mais uma oportunidade dada pelo Vasco, desta vez para o Flávio (Monguelas), um toiro que tinha de ser bem alegrado o que o forcado não fez, assim acrescido o problema de ser bastante fechado e ter pouco “pau” ainda dificultou mais o trabalho do grupo. Numa pega com pouca história para recordar resolvemos apenas a 5 tentativa.
Nos 3 toiros que pegámos nota bastante negativa para a sua apresentação a nível de caras com especial destaque para o último, sem duvida um toiro sem condições para sair a qualquer praça, seja ela de 1ª ou de 3ª categoria.
Para terminar jantámos como habitualmente no Restaurante “O Forno” na companhia dos nossos anfitriões a família Rodrigues e como não podia deixar de ser acompanhados pelo belo vinho que produzem na sua Quinta.
A toda a Família Rodrigues um especial obrigada pela forma simpática como nos receberam e os votos de umas excelentes vindimas neste ano de 2007.
João Pedro Silva “Surf”