Vinhais, capital do fumeiro e da simpatia, recebeu com o entusiasmo que as gentes do norte manifestam nestes momentos o Grupo de Vila Franca na sua recente e muito bem cuidada Praça de Toiros. Verdade seja dita, valeu a pena viajar estes 1000 e tais quilómetros de ida e volta para conhecer este lindo recanto de Trás os Montes.
Quilómetros à parte, também houve corrida, com um curro de novilhos (3 anos) de Charrua mas com corpo e temperamento de toiro adulto, televisionada pela RTP através do canal 1.
No 1º toiro desta corrida, o Pedro Castelo não se fechou na 1ª tentativa com a eficácia a que estamos habituados e ao entrar nas segundas foi despejado com um derrote para baixo. Na 2ª tentativa, tanto forcado como grupo corrigiram a atitude e a pega foi consumada com sucesso.
A 2ª atuação do Grupo de Vila Franca ao 3º toiro da noite, através do Bruno Casquinha, terá sido talvez a menos conseguida da noite para o Grupo, não propriamente por ter sido efetuada à 3ª tentativa, mais pela falta de atitude de “ataque ao toiro” do forcado da cara e do restante grupo na 1ª tentativa. A 2ª tentativa não teve história, foi um conjunto de precipitações que não resultaram em nada e por fim, na 3ª tentativa, já com ajudas carregadas e uma atitude “resolver a questão” a pega foi então consumada, sem o brilho que se ambicionava.
O nosso último toiro da noite, foi dado ao Márcio Francisco. Era o meu “toiro da fé”, aquele que aparentava poder ser para arrancar a pega da noite. Não me enganei muito, apenas não contava com uma falha nas 3ªs ajudas em que voltou a faltar a tal capacidade de “atacar o toiro” e ingloriamente o toiro desbaratando o Márcio e o resto do Grupo pelo ar, chão e tábuas fora. Pena ter-se perdido esta pega que seria extraordinária caso resultasse. Na 2ª tentativa, mais uma vez houve correção de atitudes, o Márcio voltou a estar impecável, acabando a pega por se consumar já com brilho e com ajudas “à Grupo de Vila Franca”.
Depois disto veio o resto da noite até ser dia, como é óbvio, com muita “água” de Vinhais, um repasto no Silva com o nosso poeta privativo Platanito a dar “show”, passagem pelo mercado, que por acaso é uma discoteca engraçada e bem frequentada e acabando na nossa mansão, não sem antes o João Louro ter ido colher umas belas maçarocas de milho, calculamos que para alimentação de uns galináceos. Fica a questão, andará o rapaz a pensar trocar a medicina pela criação de galinhas?
Paulo Paulino (“Bacalhau”)
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