
No passado dia 23 de junho o grupo regressava passados vários anos à praça “João Branco Núncio” em Alcácer do Sal para mais uma tarde de grande responsabilidade e compromisso.
Grande atrativo desta corrida era sem dúvida a estreia em Portugal da Ganadaria Monteviejo pertencente ao conceituado Ganadeiro espanhol Victorino Martin e apelidados de “Patas Blancas” e que seriam nessa tarde pegados pelo Grupo da Vila e pelo Grupo de Évora.
Apesar do calor e do sol que brilhava no céu, este dia estava claramente assombrado com as notícias dos desacatos ocorridos nessa madrugada no recinto da Feira, e que se viriam a revelar fatais para o nosso grande amigo e Cabo do Grupo de Montemor Zé Maria Cortes.
Quanto há tarde de toiros, fica marcada pela franca mansidão dos “Patas Blacas” o que de certa forma defraudou as espectativas criadas em torno desta corrida. Para as pegas os toiros saíram sérios mas não revelarem problemas de maior e foram pegados com maior ou menor acerto pelos dois grupos.
Abriu a tarde o Rui Godinho, apesar de jovem, revela já uma grande maturidade e um saber estar dentro de praça que se reflete sem duvida nas excelentes pegas que executa. 6 anos e 670Kg de volume e seriedade permitiram ao Rui fazer aquela que para mim foi a melhor pega da tarde. Alegrou bem o toiro, soube traze lo até si de forma exemplar e depois fechou se com a garra habitual nos nossos forcados, esperando que o grupo ajudasse como é habitual por uma superior eficácia. Destaco nesta pega a primeira ajuda do Salsa que no momento oportuno amparou um derrote que podia ter sido fatal para o não consumar da pega à primeira tentativa.

Nosso segundo toiro foi manso perdido durante a lide e apresentava-se sério para a pega. Optou o Ricardo por “mandar” o toiro para a volta, pega sempre difícil pois depende sempre de um conjunto de fatores como cabrestos campinos, toiro etc… Apesar do esforço dos campinos, os cabrestos não ajudaram, não encabrestaram o toiro, facto que levou a que nas duas tentativas efetuadas pelo João Maria e pelo Carlos, tenham entrado ao toiro completamente destapados. Em ambas as tentativas o toiro desfeiteou cernelheiro e rabejador não permitindo que a nossa dupla concretizasse a pega.

Optou-se por resolver o problema, pegando o toiro de caras. Com toda a sua experiencia o Márcio Francisco pegou o toiro de caras e o grupo ajudou com a eficácia habitual.

O último toiro, foi talvez aquele que teve o comportamento mais regular durante toda a lide, no entanto e para não comprometer, coube ao Ricardo Patusco fechar a nossa atuação. Na primeira tentativa pareceu-me que o toiro colocou mal a cara, não permitindo ao Patusco fechar se da melhor forma. Na segunda penso que o Patusco fez tudo correto, efetuando uma boa pega que viria a ser premiada pelo júri como a pega da tarde.

Alternávamos com o grupo de Évora que pegou respetivamente à primeira, terceira e terceira tentativas.
O jantar juntou ambos os grupos e correu num ótimo ambiente de confraternização.
Sem ter sido um triunfo rotundo, foi mais uma boa atuação aquela que tivemos em Alcácer do Sal perante um curro com idade e sério de vindo de Espanha.
Este fim-de-semana, é de Colete Encarnado e todos os caminhos vão dar a Vila Franca concretamente a nossa Tertúlia para mais um grande convívio de toda a família e amigos do Grupo de Vila Franca.
Pelo Grupo da Vila venha vinho……………..
João Pedro Silva “Surf”