Santarém apresentava 1/4 de casa, talvez mal contado, quando se iniciou este festival já passava das 16.30. A apresentação dos novilhos/toiros ficou algo aquém do que o aficionado medianamente exigente aprecia, mas atendendo ao facto de ser um festival de beneficência, é aceitável e acaba por ser na perspetiva dos grupos de forcados, um meio de dar oportunidades a valores que estão a despontar, que necessitam de contacto e de mostrar que estão à altura de lutar por um lugar no núcleo duro.
Na atuação do grupo de Vila Franca houve um pouco disso. Houve quem aproveitasse a oportunidade e houve quem marcasse passo. Os caras Francisco Faria, Gonçalo Filipe e Nuno Vassalo estiveram à altura, cumpriram com clarividência o que se pretendia, destaque para a eficácia dos 2 primeiros que pegaram à primeira tentativa sem complicar minimamente e para a “raça” do ultimo na vontade de ficar na cara do toiro, apesar de uma falha técnica que comprometeu a primeira tentativa e de uma segunda tentativa onde faltou sentido de oportunidade ao grupo. Na terceira tentativa uma eventual má escolha de sítio dos ajudas não foi benéfico para a pega mas as terceiras ajudas deram o apoio necessário para resolver a situação.
O frio foi mais que muito nesta tarde e o paciente ritmo da corrida não serviram de todo para cativar aficionados. Como exemplo, refira-se que mais de 2 horas após o inicio do espetáculo ainda não tinha saído à praça o 4º de 7 toiros. É obra!
Paulo Paulino “Bacalhau”