Bom ambiente na Benedita no domingo 25 de Maio com os Bombeiros Voluntários de parabéns pela organização de uma corrida onde a população local correspondeu à chamada, enchendo a praça ali montada para o efeito e acabou por se presenciar um espetáculo agradável, com um cartel bem cuidado e toiros a cumprir na generalidade, apesar de alguns terem saído algo escassos de força.
Ás 5 da tarde iniciou-se a função e via-se muita expetativa na cara de alguns dos jovens elementos do Grupo de Vila Franca premiados com uma oportunidade de mostrar o seu valor como forcados.
O Cabo Ricardo Castelo colocara a maioria do núcleo duro do Grupo na bancada e deu uma mão cheia de oportunidades a novos forcados que acabaram por demonstrar uma atitude muito positiva e desfrutar de mais uma tarde positiva no seu crescimento como forcados do Grupo de Vila Franca de Xira.
A abrir praça, o Nuno Vassalo pegou uma estampa de toiro, exemplar bem arrobado que mesmo escasso de força possuía algum poder, facto que não intimidou minimamente o forcado. Fez as coisas com calma, deixou o toiro descansar, carregou, recebeu exemplarmente e, acima de tudo, trancou-se com a vontade de agarrar esta oportunidade, o que conseguiu sem qualquer dúvida. O Grupo ajudou bem parando o toiro junto às tábuas.
O Pedro Loureiro “Falador” teve pela frente o toiro menos franco da corrida e por isso o cabo apostou nele para uma pega onde se pedia alguma experiência para receber e reunir do melhor modo. Não esteve totalmente concentrado e pagou caro por isso, acabando por resolver a pega apenas à terceira tentativa.
Para a última pega, estava guardado o momento da tarde. O João Villaverde, depois de uma época anterior inteira a “marcar passo”, mala sempre na mão país fora, presente em tudo o que fosse corrida, treino ou ferra, a aguardar serenamente a oportunidade que tardava mas sempre com um sorriso na boca, deu uma lição de saber estar numa praça frente a um toiro e mais que isso, demonstrou alma de forcado com todos os predicados. Brindou com “toreria”, citou com muita arte, soube perceber o que fazer em terrenos de compromisso quando o toiro teve uma falsa investida, carregou no momento certo, recuou o necessário na investida final do toiro, trancou-se bem a receber e teve ainda a moral necessária para vencer o toiro quando este, ao chegar ao meio do grupo virou para a esquerda (zona destapada) e deu um forte derrote numa altura em que nenhum dos ajudas estava em condições de o ajudar. Um verdadeiro compêndio de boas maneiras para forcados. Poucas vezes o termo “agarrar a oportunidade” fez tanto sentido como nesta pega.
Um agradável jantar no restaurante dos Bombeiros da Benedita onde acabou por fechar a atuação do Grupo o Carlos Oliveira pegando um 4º toiro surgido de espontâneo com pelagem “tinto carrascão”, ganadaria do “oeste”, litro e meio de peso, à primeira tentativa com os ajudas nas tábuas, numa viagem de 1 só golo e sem vacilar. É obra!
Paulo Paulino “Bacalhau”