Após uns anos de interregno o grupo de Vila Franca regressou à Foz do Sizandro para pegar 3 toiros Sommer D’Andrade que cumpriram na generalidade, com detalhes bastante positivos, sem maldade e bastante codiciosos durante as lides.
Para a 1ª pega da noite, saiu como forcado da cara o Pedro Loureiro “Falador”. O toiro saiu nobremente de largo e apesar de ter ensarilhado um pouco no final da viagem, o Pedro aguentou bem na cara do toiro e fechou-se com eficácia, com boas prestações dos ajudas, destacando-se uma boa 1ª ajuda do Frederico Murta e uma oportuna entrada do regressado Ivo Carvalho que dava 2ªs.
No 3º toiro da noite, o forcado da cara foi o Pedro Henriques. Regressou por uma noite para a merecida ultima pega de uma carreira que havia finalizado na época anterior, mas que uma lesão havia impedido de efetuar na altura. Após um emotivo brinde aos colegas de grupo e à família, enfrentou o seu último toiro da carreira no grupo. Esteve muito bem no cite, a carregar e a aguentar, recuou com perfeição e suportou uma entrada com forte derrote que não o impediu de recuperar a cara, com uma excelente ajuda a compor do Ivo Carvalho e grande coesão do restante grupo. Uma merecida boa pega do Pedro a culminar uma digna carreira no grupo de Vila Franca.
O 5º e último toiro da atuação do grupo de Vila Franca teve a pega de caras a cargo do António Faria. Após um brinde ao grande Platanito e à sua Carmen, perfilou-se para a pega de um toiro que havia evidenciado um comportamento exemplar durante toda a lide. Nada a dizer no que toca ao modo como esteve na cara do toiro, onde cumpriu muito bem, mas na reunião o toiro entrou baixo, aos joelhos do António que não se dobrou o necessário, mas que não o impediu de efetuar uma pega ao primeiro intento, após se ter composto durante a viagem e onde contou com a entrada no grupo que ajudava e que cumpriu de modo irrepreensível essa função com mais uma excelente primeira ajuda do frederico Murta e do também regressado, após lesão, bruno Tavares que dava 2ª ajuda. Destaque também para um forcado polivalente, o João Maria Santos como rabejador que após hesitar entre ajudar e rabejar, lá se decidiu pela sua função que cumpriu de modo (quase) exemplar.
Realce para os destaques maiores desta corrida, como sejam, as boas prestações de forcados regressados após lesões, a merecida e valorosa ultima pega do Pedro Henriques pelo seu grupo e no modo como alguns novos valores do grupo cumpriram face às oportunidades concedidas pelo cabo nesta noite.
Paulo Paulino “Bacalhau”
