Uma “casa” bem composta, a rondar os 2/3 de lotação neste regresso do Grupo de Vila Franca à Nazaré, com o habitual bom ambiente que sempre se vive nesta carismática praça, cheia de tradição e bastantes boas recordações do Grupo, ao longo de várias décadas. O curro de Falé Filipe acabou por não dificultar nesta noite e o Grupo também não comprometeu minimamente, efetuando mais uma exibição de qualidade na generalidade.
O toiro que abriu praça não aparentava mais que uma ligeira sensação de ir dar algum derrote inicial defendendo-se deste modo, algo que o Ricardo Patusco tería de ter em conta, já que foi o forcado eleito para abrir a “função”. Atento a este detalhe, acabou por precipitar um pouco os tempos de recuar na cara do toiro que não demonstrou grande ímpeto na investida, quase a chouto e o Patusco acabou por ficar de certo modo com algum compromisso já que teve de ir recuando nesta investida lenta do oponente. No final, a pega consumou-se já muito perto das tábuas, com o Grupo bem a aguentar, também ele, os tempos de entrada para ajudar. Não tendo sido brilhante, acabou por ser uma pega de nota média para a qualidade do forcado da cara.
Para pegar o quinto toiro da noite, saltou outro forcado de eleição, Márcio Francisco. Com o saber estar que lhe é intrínseco, fez tudo na perfeição, tendo o Grupo ajudado bem, cá atrás, no momento certo atendendo á qualidade do forcado da cara e ao nível de dificuldade que (não) se esperava que o touro apresentasse. Uma boa pega, num forcado que acima de tudo necessitava de rodar.
A última pega estava destinada ao forcado Pedro Henriques, outro bom forcado que espelhou bem nesta pega como se deve estar à frente de um toiro, sereno, a mandar no toiro e a consumar uma rija pega já que o toiro acabou por fugir ao Grupo, mas onde o atento e oportuno Ivo Carvalho deu uma excelente primeira ajuda que fez sentir que o toiro já estava vencido aquando da chegada dos restantes ajudas. Grande pega do Pedro e grande ajuda do Ivo.
O jantar que se seguiu, no sempre hospitaleiro “Luisinho”, obedeceu aos padrões de qualidade, simpatia e líquidos com que sempre somos “mimados” nas nossas deslocações à Nazaré. Obviamente, madrugada fora ainda se iam vislumbrando “bar aqui”, “bar ali”, alguns resistentes “tresmalhados” mas no início da tarde de domingo, já todo o “rebanho” se havia concentrado entre as barracas e a beira-mar, onde sobressaía o “bronze” de fazer inveja do Wilson “PJ”.
Paulo Paulino “Bacalhau”