A corrida de 16 de Agosto desta época em Arruda dos Vinhos não foi certamente um espetáculo que dignificasse a memória e a saudade do nosso “Pitó”. Toiros com pouca presença e cavaleiros a mostrar pouca classe. No que toca às pegas, apesar de ter sido o menos mau, não foi certamente uma exibição de encher o olho aquela que o grupo de Vila Franca conseguiu.
Após a inauguração e respetiva bênção de um oratório no pátio de quadrilhas da praça, iniciaram-se as cortesias da corrida.
Abriu a atuação do grupo o Pedro Loureiro “Falador” que apesar de na 2ª tentativa ter conseguido uma boa pega após efetuar as coisas como “mandam os livros”, deveria ter resolvido à 1ª, se a concentração fosse a melhor e tivesse mandado no toiro, precisamente o contrário de que sucedeu.
Na 2ª pega, o David Moreira “Canário” também esteve pouco sereno na 1ª tentativa e acabou por perder uma boa oportunidade visto também não ter entendido de imediato como agir perante o oponente. Na 2ª tentativa, conseguiu a pega após ter feito as coisas como era suposto, sereno, concentrado, a mandar e com vontade de ficar na cara do toiro.
Para finalizar a atuação do grupo de Vila Franca, saiu o António Faria que apesar de ser o mais jovem e supostamente menos experiente dos forcados da cara em Praça, acabou por realizar a única pega à primeira tentativa do grupo. Esteve concentrado, entendeu o toiro com perfeição e acabou por efetuar uma boa pega demonstrando acima de tudo uma grande vontade de ficar na cara do toiro.
Em todas as pegas os ajudas estiveram ao alto nível do que o grupo de Vila Franca tem exibido.
Paulo Paulino “Bacalhau”
