No bom caminho…


Pelo facto de estar ausente praticamente todo o ano por terras africanas, foi com especial satisfação que aceitei o convite do Ricardo para ir ao sorteio e assistir as emoções desta corrida na trincheira junto de todos os que se fardaram para pegar mais uma nocturna na praça do Campo Pequeno.

Terceira corrida do ano para o grupo da “Vila” que veio sem duvida confirmar que estamos no bom caminho não só pelo que e passou no CP mas também pelas duas actuações anteriores. Sei que ainda estamos no inicio de época, mas pelo que vi no CP e pelos relatos que recolhi das corridas em Vila Franca e na Marinha Grande, vejo que a mentalidade forte e o querer triunfar estão presentes e sem duvida creio e espero esteja assim dado o mote para uma excelente época.

O curro enviado pela Ganadaria de Pinto Barreiros no meu entender pecava um pouco por falta do Terapio que se exige na primeira praça do pais, no entanto cumpriram sem colocar grandes dificuldades a cavaleiros e forcados.

Para abrir praça o Ricardo mandou o seu gémeo, o Pedro, que esteve sereno, mostrando-se bem ao Toiro, que tardou um pouco em sair. Entrou decidido pelos seus terrenos e carregou para mandar vir. Fechou-se bem a córnea para não mais sair, tendo os restantes sete elementos cumprido na perfeição aquilo que lhes é exigido para que a pega seja perfeita, ajudaram com a vontade e eficácia habitual que caracterizam o grupo da “Vila”.

Estava assim aberta a nossa actuação nesta noite quente de Junho.

Ricardo Patusco com a sua habitual presença dentro de praça, chamou pelo nosso segundo toiro, um negro “mal visto” de Barreiros. A este toiro voluntarioso pedia-se apenas recuar o suficiente e trazé-lo bem à voz. Foi isso que o Patusco fez, com a técnica e o saber que vem denotando ao longo dos anos. O restante grupo mais uma vez cumpriu o seu papel na perfeição sem grande dificuldades.

Casquinha levava com ele a “chave” para fechar da melhor forma a nossa actuação. Fê-lo da melhor forma, ao toiro mais reservado da noite. Calmo e alegre no cite, concretizou a terceira pega da noite também a primeira tentativa, com a habitual eficácia dos ajudas e do Carlos a rabejar.

Mais uma vez deixamos em Lisboa a impressão de que queremos e merecemos bem mais do que as três corridas que levamos realizadas até agora. Sem grandes complicações apresentadas pelos de Pinto Barreiros, o Grupo de Vila Franca fez o pleno na arena Lisboeta.

Ao Ricardo, deixo a minha palavra de satisfação pelo trabalho que tem vindo a fazer, o caminho é longo e cheio de difíceis  obstáculos, mas tenho a certeza que com a sua sabedoria e com a ajuda dos elementos que se vestem e dos que já se vestiram, bem como de todos os nossos amigos, a História do Grupo de Vila Franca vai continuar a escrever-se da forma que todos queremos e Vila Franca merece.

João Pedro “Surf”

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