Quando pelas 22 horas as cortesias se iniciaram no “Coliseu Figueirense”, caía um chuvisco incómodo, facto que certamente afastou algumas pessoas do espetáculo, tanto mais que a RTP o transmitia em direto, mas o ambiente dentro da praça, nem por isso esfriou, notando-se na bancada o entusiasmo bastante característico deste tauródromo. Ainda assim, 2/3 de casa davam um ar bem composto às bancadas da praça.
A atuação do Grupo de Vila Franca nesta noite, seguiu a mesma linha do que se tem passado este ano, muita competência, coesão e vontade de triunfar.
O Cabo Ricardo Castelo abriu praça no que toca à atuação Vilafranquense perante um toiro Passanha, tal como os restantes, que era o mais pesado da corrida com 535 Kg. Com um cite bem medido, carregou na altura certa e se bem o fez até aí, melhor rematou na reunião, embarbelando-se com a gana que nos tem habituado, até ao momento em que o Grupo ajudou com a eficácia habitual.
O segundo toiro da noite foi para o forcado Márcio Francisco. Interpretou bem o seu papel fechando-se com uma consistência que lhe permitiu aguentar o forte derrote com que o toiro o tentou sacudir, empregando-se até ao limite das suas forças, mas não o suficiente para vencer o modo eficaz com que o Márcio se “trancou” na sua córnea. A partir desse momento, a chegada dos restantes ajudas retirou qualquer possibilidade de insucesso nesta segunda pega da noite.
Para finalizar a atuação do Grupo, o Ricardo Patusco limitou-se a cumprir os “mínimos” necessários, num toiro que transmitia pouco, de fraca investida (práticamente a chouto) e que não ofereceu qualquer dificuldade para a execução da pega. Digamos que faltou toiro para tanto forcado.
Nesta noite o Grupo alternante era o de Montemor que também teve uma meritória atuação.
O jantar na noite Figueirense foi animado, com ambos os Grupos (Montemor e Vila Franca) em perfeita sintonia. Nem o péssimo serviço prestado pelo restaurante “Cataplana” (com uma honrosa exceção para a prestável e simpática Dina) chegou para beliscar o positivismo vivido. Noite fora, fechou-se tudo o que era bar e discoteca mostrando que há bons hábitos que teimam em subsistir.
Paulo Paulino “Bacalhau”