Grupo de Vila Franca cumpriu na abertura do Campo Pequeno


Campo Pequeno com lotação esgotada na abertura da temporada. Podia ter sido um “corridão” mas ficou-se por uma “boa corrida” muito graças ao “furacão” Padilha, o “pirata” que virou o Campo Pequeno do avesso e saiu pela porta grande.

O Grupo de Vila Franca também iniciava a sua época 2017 neste dia. Os Vinhas não foram toiros cómodos nem incómodos, foram toiros com as mesmas caraterísticas que lhes têm sido reconhecidas já há umas temporadas, não causam empatia aos forcados, transmitem pouco, quase sempre sem cara, pouco “armados” e capazes de “destapar” o cara por maior competência que se lhe reconheça.

O primeiro toiro mal saía do chouto nas ténues “arrancadas” em que só a 2 metros esboçava uma “amostra” de investida, embora reagisse ligeiramente melhor ao castigo. Havia que alegrar bastante, provocar ao limite para se sacar algo que se visse. Foi com esta ideia que o Ricardo Castelo saltou para tentar a pega deste toiro. As contas não estavam certas. O toiro reagiu ao cite e partiu mais cedo e com maior vontade que o previsto, originando uma reunião imperfeita em que apenas o braço esquerdo se acomodou de modo deficiente, deixando uma aberta do lado oposto que deu o espaço de visão necessário ao toiro para sacudir para esse lado, o que aliado a um baixar da cara, largou o Ricardo na arena. Na segunda tentativa o cara esteve perfeito, as ajudas foram eficazes e a pega resultou com a naturalidade necessária.

O segundo toiro da noite para o Grupo de Vila Franca já teve um comportamento distinto do anterior e apesar de estar algo distanciado de possuir qualidades natas de bravura e nobreza aparentava maior previsibilidade comportamental. Puro engano, como veio a verificar o cara escalado, o Rui Godinho. Foi obrigado a ir “buscar” o toiro que arrancou tardio e de modo descomposto, descompôs o próprio temple do Rui e a tentativa saiu gorada sem pena nem glória. Mais uma vez a previsibilidade não funcionou. Na segunda tentativa, o Rui esteve bem melhor, valente a pisar terrenos de compromisso, controlou a carga novamente tardia do oponente e fechou-se, embora não tapando totalmente a cara ao toiro. A pronta e eficaz ajuda do Grupo foi preponderante no sucesso desta pega, com destaque para o Tiago Oliveira “Salsa” oportuníssimo e com “sítio”. Numa análise global muito sucinta, não foi a exibição brilhante que se pretendia mas foi bastante digna e cumpridora.

Domingo há novo compromisso, vamos encher a Palha Blanco !

Paulo Paulino “Bacalhau”

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