Grupo cumpriu na abertura da época do Campo Pequeno


Pouco ambiente no Campo Pequeno para a inauguração da temporada na capital, com menos de meia casa e onde o fator toiro também não conseguiu colorir o clima acinzentado que pairava, dentro e fora da praça.

O grupo de Vila Franca cumpriu face às caraterísticas apresentadas pelos toiros que demonstrando rasgos de alguma nobreza, tal não era suficiente para encobrir a falta de emoção.

Na pega do 2º da noite, o Rui Godinho não alterou o seu ritmo calmo e eficaz como é seu timbre, apesar de abrir a época do grupo na 1ª praça do país. Não acusou minimamente a responsabilidade o que demonstra a grande maturidade que já possui. Os ajudas, estiveram ao nível do cara, não deram facilidades e mostraram que estão ao mesmo (excelente) nível da época passada.

Para o 4º toira da noite, o Márcio Francisco na 1ª tentativa não teve uma reunião feliz, ficando algo “pendurado” na ponta da córnea e o facto do toiro entrar pelo grupo com a cara baixa não ajudou a que houvesse uma emenda capaz de dar sucesso à tentativa. Na 2ª tentativa, os tempos da reunião foram refeitos e tudo decorreu com normalidade, os ajudas foram eficazes e a pega foi bem conseguida.

Por ter saído condicionado fisicamente o 5º toiro foi substituído e saiu o que deveria ser o 6º à praça, tendo o grupo de Vila Franca voltado a intervir. Acabou por ser talvez o toiro da corrida que mais dificuldade apresentou, empregando-se bastante quando investia e foi assim que entrou para uma magnífica pega À 1ª tentativa do Ricardo Patusco que esteve ao seu nível habitual, assim como todo o grupo que o ajudou.

Nota de destaque nesta noite para a despedida do ativo de um grande forcado e amigo, o Francisco Mira do Grupo de Lisboa que engrandeceu a noite com este seu gesto através uma pega bastante digna, depois de imensas grandes pegas com que brindou todos os aficionados apreciadores desta arte ao longo dos anos em que andou pelas praças de toiros.

Em Campo de Ourique, o Luis Fialho Rico levou-nos a jantar no Verde Gaio, local a repetir, onde a simpatia foi a nota dominante no serviço que nos foi prestado e onde nada nos faltou, noite fora.

Paulo Paulino “Bacalhau”

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