
Com apenas 1/3 de casa preenchida, deu-se neste Domingo 26 de Outubro a ultima corrida da época para o Grupo de Vila Franca. Foi um festival de homenagem ao José Paulo Nunes, picador do Novilheiro Nuno Casquinha, recentemente falecido num infeliz acidente de viação. Um grupo de cavaleiros, matadores e novilheiros, para além do Grupo de Vila franca, associaram-se nesta nobre causa que apenas pecou pela escassez de público, apesar da tarde agradável que se fez sentir, a nível de temperatura.
Na parte artística, realce para um muito nobre novilho de Falé Filipe e para a respectiva lide deste 1º novilho da parte apeada pelo matador Espanhol Sanchez Vara, uma lide de muito boa qualidade a tirar o máximo partido da qualidade do excelente oponente.
O Grupo de Vila Franca, efectuou a sua 1ª pega, a um novilho de Fernando Palha, através do forcado Flávio Henriques á 2ª tentativa, depois de uma má reunião na 1ª tentativa, em que esteve pouco alegre a citar e se adiantou ao novilho. Na 2ª tentativa emendou-se bem e acabou por efectuar uma pega sem grande dificuldade, com o Grupo a ajudar bem.
O 2º novilho da tarde, um cabano de Pinto Barreiros, foi pegado de cernelha pela dupla Olavo Cabaço e Carlos do Sobral. Tardou bastante o novilho a dar uma hipótese de entrada, já que apesar de se colocar junto aos cabrestos, nunca se chegou ás tábuas e no meio da praça ou nos tércios, dificilmente se deixava tapar. Já com um 1º aviso do Director, a dupla de cernelheiros lá conseguiu entrar, de modo decidido e pegou sem qualquer dificuldade o novilho que não esboçou a mínima tentativa de se livrar dos forcados, acobardando-se, o que acabou por retirar o brilho esperado à pega.
O 7º novilho da tarde, de Manuel Coimbra, foi lidado a cavalo e também ele pegado, desta vez pelo Rui Godinho, um dos mais novos forcados do Grupo de Vila Franca. Este novilho saiu á praça nitidamente diminuído dos quartos dianteiros, coxeando bastante da mão direita, o que provocava investidas bastante deficientes e alguma imprevisibilidade na reunião, onde poderia levantar exageradamente a cara ou inclusivamente desviar-se para qualquer dos lados no ultimo momento. O Rui apenas pecou por não ir mais curto ao toiro, de modo a não o obrigar a percorrer uma tão grande distância até ao forcado, o que diminuiria substancialmente a imprevisibilidade da reunião, mas compreende-se perfeitamente num forcado que começou a pegar este ano e ainda não tem a experiência necessária para avaliar esse tipo de situação. Foi assim que na 1ª tentativa o novilho caiu á sua frente e o arrastou na viagem e na 2ª tentativa tirou a cara no ultimo momento ficando o forcado no pescoço do novilho. Na 3ª tentativa, o novilho tirou a cara, no momento da reunião. Por fim, na 4ª tentativa, já de curto, o novilho investiu normalmente e o Rui acabou por conseguir uma boa pega, também muito bem ajudado pelo Grupo.
O jantar decorreu na Tertúlia, também ele como o tempo, algo ameno, mas agradável e onde a conversa dominante foi sem dúvida a próxima excursão ciclista a Fátima no fim-de-semana de 1 e 2 de Novembro. Uma óptima viagem, são os meus votos sinceros…
Paulo Paulino “Bacalhau”
Galeria: Fotos do Festival de Homenagem ao picado José Paulo Nunes