
Com a devida vénia aos respetivos, retirámos excertos de artigos divulgados nalguns sites taurinos, os mais representativos e que divulgam como foram as pegas da corrida de Domingo de Colete Encarnado, não se limitando a dar o nome do forcado (por vezes errado…) e número de tentativas.
Blogue “Farpas Blogue”
“Dois toiros manejáveis da ganadaria da casa (David R. Telles), com peso e idade, mas com pouca cara e por isso menor seriedade e que apesar de transmitirem pouca emoção, investiram com alegria e foram nobres.
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Boas e rijas pegas
Nas duas pegas do toiros lidados por João Telles estiveram os valorosos Forcados de Vila Franca. A primeira foi executada com brilhantismo por Vasco Pereira ao primeiro intento, com o grupo a ajudar na hora e coeso, brilhando Carlos Silva, como sempre, a rabejar; a segunda pega esteve a cargo de Francisco Faria e só foi concretizada à terceira, com uma grande primeira-ajuda de Tiago Oliveira, depois de nas duas anteriores tentativas o forcado ter sido violentamente derrotado. Esta pega foi brindada a Nuno Moura, fotógrafo que ilustrou o livro dos 85 anos do Grupo de Vila Franca, que saiu há dias e cuja escrita é toda da responsabilidade de Maria José Garcia. A primeira pega fora brindada aos Campinos, os verdadeiros ex-libris das Festas do Colete Encarnado.”
Site “Naturales – Correio da Tauromaquia”
“A cidade respira toiros no Colete Encarnado. Cada canto é um espaço, cada espaço uma tertúlia e cada tertúlia é um mundo. Histórias, momentos, vidas… Aqui pode aplicar-se o real sentido do dito: nem melhor, nem pior. Diferente.
Montou a empresa um cartel que à priori seria garantia de um bom fluxo de espectadores, e nesse campo a aposta foi ganha. Praça praticamente cheia, com poucos lugares por preencher, sendo fatigante a duração do espetáculo.
Lidaram-se seis toiros que baixaram o trapio do costume na Palha Blanco. Os dois de Telles, rematados e com peso, não tinham cara e logo, pouca seriedade. O primeiro não foi nenhum crío, era manso e sonso, contendo-se sempre que podia; o segundo foi voluntarioso, saía com facilidade de qualquer lado, tranqueava e faltou-lhe raça;
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Dois jovens pegaram pelos Amadores de Vila Franca, numa corrida especial e importante para o grupo da terra.
Vasco Pereira esteve muito bem com o primeiro da tarde, que chegou a incomodar um pouco na viagem mas o forcado foi valoroso e aguentou-se bem;
Francisco Faria pegou o quarto à terceira, um toiro que chegou de boca fechada à pega e ainda mantinha boa condição. O jovem forcado esteve digno, e no terceiro intento conseguiu consumar com a preciosa ajuda do seu grupo.”
Site “Tauronews”
“O primeiro toiro da tarde, um bem composto toiro preto ligeiramente bragado traseiro com 560 Kg e 5 anos, da ganadaria da “casa” mas que não tinha cara, quiçá distante de merecer sair nesta praça para lide equestre. Não abundavam as condições ideais de lide, com alternância entre uma investida ou outra merecedora de nota e momentos de recolhimento de quem não lhe agrada a contenda e apenas lança ameaços soltos de demarcação de terreno com um ou outro adiantamento ao cavalo.
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O toiro que abriu a 2ª parte, mais um David Ribeiro Telles bem rematado, negro de 540 Kg e 5 anos mas que apesar de estar com mais cara que o toiro inicial, esta também não era digna de realce por não permitir transmissão da ansiada seriedade além de ter denotado alguns problemas de visão. Mas na generalidade, tinha condições de lide.
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Para a 1ª pega da tarde o Grupo de Vila Franca teve como protagonista maior na cara o forcado Vasco Pereira que como manda a tradição, brindou aos reis do Colete Encarnado, os campinos. O forcado da cara esteve muito sereno no cite do toiro, mandou nos terrenos ideais, maio caminho entre os médios e as tábuas e com um magnífico temple, carregou, aguentou ligeiramente a fixar a investida, recuou o suficiente e recebeu de modo superior, altura em que se trancou numa bem conseguida córnea que o levou em viagem grupo dentro. Este esteve à altura e nem um ligeiro desviar do toiro para a sua esquerda desmontou a coesão do grupo com as terceiras a entrarem exemplarmente. O remate da pega foi muito bem conseguido através do rabejador Carlos Silva. O forcado da cara deu volta no final.
A pega do 4º toiro da tarde, teve como cara o forcado Francisco Faria que brindou a Nuno Moura, fotógrafo que está na génese do recentemente editado livro comemorativo dos 85 anos do Grupo de Vila Franca. O Francisco não esteve na sua melhor tarde, atendendo ao que tem habituado os aficionados. Na 1ª tentativa, pese a boa técnica demonstrada frente ao toiro, não recebeu adequadamente. O toiro procurou-o mais pelo som que pela figura e o Francisco não recuou a “dar voz” o suficiente para evitar uma reunião seca e bruta que o apanhou de modo descomposto e rapidamente o enviou ao solo num forte derrote de “cima abaixo”. A 2ª tentativa foi muito idêntica, mas mesmo descomposto o cara aguentou um pouco mais para cair já em terrenos onde uma “mão” em momento de menor decisão acabou por não surgir. Na 3ª tentativa, o grupo “comeu” distâncias e de modo bastante eficaz e convincente resolveu esta pega, algo distante do brilhantismo ansiado, mas com grande atitude e o valor de quem se levanta, sacode e coloca o barrete voltando a avançar para o toiro sempre com a mesma vontade. Com grande insistência do público, o forcado da cara deu merecida volta.”





