O dia 21 de Maio foi mais um grande dia para o Grupo de Vila Franca. Foi um dia em cheio porque houve de tudo o que ser Forcado exige.
A amizade da Família do Pedro Marques a quem devemos uma grande recepção que começou logo com um grande almoço em sua casa. E como eu disse, na apresentação da Corrida uma semana antes, o Grupo de Vila Franca está sempre ligado à Marinha Grande por esta ligação a esta tão simpática e aficionada família e seus amigos.
A parte mais séria estava guardada para a tarde, mais propriamente para as 17h. O Cartel era composto por dois jovens mas já consagrados Cavaleiros o Pedro Salvador e o Marcos Bastinhas. Para o toireio a Pé Luis Vital “Procuna”. Para as Pegas Grupo de Montemor e Vila Franca de Xira para um bonito e sério curro Palha. Portanto, tinha tudo para ser uma boa tarde de toiros.
Para o segundo toiro da tarde, o primeiro que nos calhou em sorte, foi para a cara o Rui Godinho. Um jovem que já tem o seu lugar no grupo por mérito próprio e teve a responsabilidade de abrir a actuação do Grupo. Era um toiro que não apresentava muitas dificuldades apenas humilhava muito na reunião e ao sair solto o Rui não aguentou o suficiente e na reunião não se dobrou. Com a correcção destes dois erros conseguiu uma boa pega à segunda com o toiro a fugir ao grupo e com uma boa prestação do grupo que foi eficiente e determinado a fechar lá atrás e com uma boa primeira do Ivo.
Para o nosso segundo tivemos pela frente um toiro sério, um pouco montado, e com uma atitude que já sabíamos que ia pedir o B.I. ao Grupo. Teve a responsabilidade de fechar a actuação do Grupo tendo pela frente este sério Palha o Rui Graça. O Rui já tem uns anos de Grupo e tem alternado com coisas boas e más. Com esta época de treinos e com a atitude certa que tem mantido desde o inicio do ano dei-lhe a oportunidade de fechar da melhor maneira a actuação do Grupo e de não ficar triste quando não se farda, como aconteceu em Vila Franca, e de agarrar de uma vez por todas a oportunidade que o Grupo lhe estava a dar. E foi em boa hora que o nome do Rui Graça me apareceu na cabeça enquanto analisava o Toiro. Foi uma grande pega à segunda, acabando por ser premiada por ser a melhor com toda a justiça e com a unanimidade e consenso que esta pega merecia. Na primeira tentativa não conseguiu aguentar o forte derrote que o toiro deu de entrada mas quando braço saiu da córnea a atitude de querer recuperar e brigar para não perder a pega nesta tentativa foi logo o sinal do que viria a ser a segunda tentativa. Foi com grande serenidade que à segunda se fechou de braços e de pernas e o toiro fez o que se esperava que era brigar e sacudir para tentar tirar o forcado. O grupo com grande determinação fechou muito bem lá atrás depois de um forte e alto derrote mesmo juntos às terceiras.
Nesta corrida tivemos também uma estreia pois foi a primeira vez que o jovem José Francisco Pereira sentiu a alegria e responsabilidade de estar ali junto dos amadores com a jaqueta do Grupo de Vila Franca.
Como dizia no inicio do fardamento tínhamos tudo para ser felizes naquele dia, ou seja, um curro de toiros que dão pegas, alternávamos com um grupo importante e havia um bonito prémio em disputa que eu tinha prometido aos aficionados da Marinha Grande que já havia espaço na tertúlia para lá o colocarmos.
Pelo Grupo de Montemor pegaram o António Vacas de Carvalho e o Francisco Barreto, ambos à primeira.
Depois tivemos a terceira parte da corrida que é tão importante e faz a diferença. Um jantar com todos os intervenientes da corrida e com uma recepção que irá ser recordada durante toda a época. Neste jantar ficou bem mostrada a amizade que existe, actualmente, entre o Grupo de Montemor e Vila Franca. Nesta terceira parte todos se divertiram e era apenas um Grupo só de amigos que se divertiam e bebiam como se não houvesse amanha. A noite acabou já de manha como tinha de acabar e se esperava. São estas tardes e noites que fazem de nós Forcados e que serão lembradas por muito tempo.
Um Grande OBRIGADO a todos os que foram responsáveis por nos proporcionarem tanta felicidade naquele tão longo dia!
Ricardo Castelo
