No fim-de-semana de 24 e 25 de Novembro realizou-se a anual peregrinação ciclista a Fátima. Como sempre, a concentração deu-se, por volta das 07,30, na tertúlia.
Com mais ou menos sono, lá iam chegando “os peregrinos”, de bicicleta em punho e sacola às costas. O tempo não estava muito convidativo, a chuva não parava, talvez fruto do boné escocês que o Caló tinha na cabeça… a chamar água e nevoeiro, tão próprios das Ilhas Britânicas.
Tudo acondicionado na camioneta de apoio, rumámos ao mercado, para o nosso pequeno-almoço… bifanas e um penalty de branco traçado. Soube bem e aqueceu. Depois da tradicional fotografia à porta do mercado, soou o apito de partida. Nada nem ninguém, iria fazer parar os 10 bravos ciclistas.
A 1ª paragem ficou combinada ser feita na Azambuja. Já com a “sede” a apertar, entre ginjas e imperiais, saíram por “milagre”, da camioneta, 2 garrafas de um abafado extraordinário, degustado até à última gota.
Corpos e almas aquecidos… estrada de novo à vista!
Próxima meta e para almoço… restaurante O Toucinho em Almeirim. Tudo combinado com o João Simões, excelente anfitrião, depois de mais uns “aperitivos”, à mesa nos atirámos. Comida “leve”, uma sopa de pedra seguida de umas febras que bem souberam. No meio de brincadeiras, risos e, o contar de histórias, vieram os digestivos… uns whiskies (poucos) e umas “bagaçadas”.
Eram três e pouco da tarde e, havia que continuar a pedalar. A chuva contínua não deixava antever facilidades, no entanto, “os bravos do pelotão” não esmoreciam, sempre incentivados pelo Caló que, não se cansou de os regar com mais umas garrafas de água em cima.
A chegada para pernoita, este ano não nos Bombeiros de Alcanena mas, nos de Torres Novas, deu-se já com a noite a cair. Combinado estava o jantar, obra do Bacalhau, nos arredores da cidade, no restaurante Alto Pina. Fomos recebidos de forma amiga e familiar e brindados com uma cozinha espetacular de gostos e sabores, uma sopa de coelho de fazer lamber os dedos. Para quem tinha pedalado 90 quilómetros… nada melhor. Por fim, ótimas sobremesas e a prova de várias aguardentes (todas de figo) qual delas a melhor. A hora do descanso aproximava-se e rumámos ao nosso “Hotel” (quartel dos bombeiros).
Entre algumas “insónias”, a manhã lá despontou e, o desejado pequeno-almoço também. A distância que nos separava de Fátima, era de cerca de vinte e poucos quilómetros, com chuva teimosa e persistente. Mais do que nunca apoio era necessário e, do carro de apoio, ele não faltou.
Tudo, graças a Deus, correu pelo melhor, com mais ou menos esforço, os “peregrinos” chegaram todos a Fátima, onde com umas ginjas se comemorou o feito. Rumo ao Santuário nos dirigimos, onde deixamos umas velas e cada um as suas preces efetuou. Que respeito e emoção, transmite aquele Sítio de culto.
Optámos por almoçar em Fátima, no restaurante “Só na Brasa”, atendidos e servidos, simpaticamente. O regresso, deu-se a seguir, rumo a Vila Franca.
Foi mais uma jornada bonita, de são convívio e alegre camaradagem. Que Deus abençoe o Grupo e que, para o ano possamos todos (e mais alguns) possamos estar juntos noutra aventura ciclista.
Luís Fialho Rico