Mais uma vez e em boa hora o Grupo de Vila Franca actuou na feira de São Pedro em Torres Vedras, numa noite quente, frente a um publico sempre entusiasta que preenchia integralmente os lugares disponíveis da Praça Ricardo Chibanga, instalada nesta simpática e acolhedora localidade com o intuito de receber um dos pratos fortes da feira, esta corrida nocturna que também servia de homenagem das boas gentes do Oeste a uma figura da nossa festa, o recém falecido sr. Mário Freire que aqui sempre foi tratado com muito respeito, amizade e carinho.
O curro de Canas Vigouroux, bem apresentado, com pesos a oscilar entre os 480 e os 550 kg cumpriu conforme tem sido apanágio desta ganadaria em fluxo ascendente, apenas com 2 toiros a destoar pela negativa, o 2º e 5º toiros, por destino, os que calharam em sorte (ou nem por isso, neste caso) ao cavaleiro Luis Rouxinol.
O 1º toiro da corrida que demonstrou boas qualidades de bravura e grande expontaniedade nas investidas francas e a denotar qualidades fisicas que anteviam uma pega a pedir contas, foi o escolhido para a 1ª pega desta época do Diogo Pereira (Ruço). Em boa hora foi este forcado eleito, arrancando uma pega “a gosto”. Bem no cite, no mando e com um temple perfeito, recuando na cara no toiro que veio bastante franco e proporcionou uma reunião perfeita ao forcado que se fechou à cornea com eficácia. O grupo ajudou em bom nível, com destaque para o André Matos que foi bastante oportuno e decidido, como é hábito neste forcado. No final da corrida, esta pega acabaría por ser premiada como a melhor pega da corrida, algo que vale o que vale, há sempre alguma carga de subjectividade nestas distinções, mas não deixa de ser agradável receber este tipo de reconhecimento.
O 3º toiro da corrida, algo fechado e a cumprir dentro de algumas limitações físicas que o toiro foi disfarçando com a nobreza com que investía e respondia ao castigo, teve na cara um forcado ainda pouco rodado mas com vontade de singrar, o Carlos Leonardo. Não lhe sairam bem as coisas na 1ª tentativa, com uma reunião imperfeita já que não mandou o suficiente no oponente e por inerência, acabou por haver uma luta desigual, da força do toiro contra a do forcado. Nesta tentativa o Carlos ficou algo combalido, mas a gana de resolver esta questão, deu-lhe o alento suficiente para já com técnica mais apurada e uma ajuda enorme do Emanuel Matos (Manu) se resolver a questão à 2ª tentativa.
No mansote que saiu em 5º lugar, o eleito foi o Flávio Henriques (Moguelas) que citou com algum requinte, como ele gosta, mas na reunião acabou por não se fechar bem e o toiro não perdoou esta falha despejando-o antes da chegada do restante grupo. Pegou á 2ª tentativa com o Tavares em plano de destaque pela soberba 1ª ajuda que proporcionou nesta pega. O restante grupo também ajudou bastante bem, com um empenho generalizado, mas sem duvida que saltou à vista a brilhante ajuda do Tavares que merecidamente deu volta com o Moguelas no final.
Nesta corrida alternámos com o Grupo de Coruche que também teve uma actuação bastante positiva, com 3 boas pegas.
Foi em tom de festa que o bem regado jantar decorreu, com o previlégio da presença dos nossos amigos de Torres Vedras, gente franca e boa que já nos acompanha desde as primeiras corridas em que o Grupo actuou nesta localidade que aprecia o nosso Grupo, diga-se, uma atitude correspondida pelo Grupo nos mesmos termos, já que época em que não vamos a Torres Vedras é para nós uma época algo incompleta.
Por fim… fechámos a Feira pois claro!
Paulo Paulino “Bacalhau”