
A praça de toiros de Almeirim voltou a abrir as suas portas para uma tarde de competição entre cavaleiros de 2 dinastias de tradição vincada no panorama taurino nacional, Ribeiro Telles e Moura, um curro de Vinhas que saiu com bastante qualidade, na sua maioria, no que toca a bravura, pese embora a presença não fosse a caraterística principal dos toiros apresentados e para as pegas, estavam os grupos de Vila Franca e Chamusca.
O sol, sem calor em excesso, que se fazia sentir pelas 5 e meia da tarde era um excelente chamariz para presenciar esta corrida que prometia, numa praça com tradição como esta de Almeirim, uma verdadeira tarde de sol e toiros.
O regresso do Grupo de Vila Franca ao tauródromo de Almeirim ficou marcado com uma exibição de altos e baixos onde se alternou o bom com o menos bom.

O 1º toiro da tarde chegou algo cansado à pega e o Rui Godinho esteve bem num cite pausado a deixar descansar o oponente, para carregar e reunir com perfeição numa pega que resultou do principio ao fim, ou seja, o Rui fechou-se bem e o grupo ajudou com entrada dos elementos nos momentos certos e com eficácia, pese embora a pouca dificuldade que o toiro apresentou nesta pega.

Para a pega do 3º toiro, saiu o António Faria que esteve longe do brilho que já apresentou esta época, nomeadamente na corrida de abertura em Salvaterra. Não recebeu com perfeição nas 2 tentativas iniciais, mostrando alguma falta de concentração que acabou por pagar caro com mais 2 tentativas adicionais numa pega que acabou com ajudas carregadas e sem brilho apesar de o toiro dificultar bastante os ajudas pela maneira como tirava a cara com algumas saídas violentas pelo lado mais destapado. A ajudar às dificuldades técnicas do cara a receber, o resto do grupo acompanhou de certo modo a falta de atitude, algo que não é de todo habitual, mas considero que na 2ª tentativa a pega poderia ter sido resolvida com uma atitude mais agressiva em relação ao que se estava a passar.

A 5ª e última pega da tarde foi protagonizada na cara pelo Ricardo Castelo que esteve imponente nas 2 tentativas. Na 1ª, após uma entrada dura do toiro, viajou sem possibilidades de ajuda devido à alteração de trajetória do toiro mas acabou ingloriamente por terra quando o toiro baixou a cara e enfiando os cornos na piso da arena, provocou a ele próprio uma “voltareta” acrobática que poderia ter sujeito o cara a uma lesão pelo modo violento como decorreu. Na 2ª tentativa, o Ricardo voltou a voltar a estar a um nível elevado face a mais uma entrada dura, encheu a cara ao toiro e desta vez todo o grupo correspondeu, desde a excelente ajuda do Manu, a entrada oportuna dos 2ªs e o bloco a ser fechado pelos 3ªs com muita eficácia, numa pega ao nível do que Grupo de Vila Franca habitualmente protagoniza.
Ao longo desta tarde e também no jantar sentimos todos a falta do Murta e do Bernardo. Aguardamos ansiosamente o regresso de ambos ao seio do Grupo.
Força Murta e Bernardo, o Grupo está convosco!
Paulo Paulino “Bacalhau”