A corrida de Domingo da feira taurina em Abiul é um dos grandes momentos de cada temporada. Este ano não faltou à regra. Um curro bem apresentado na quase totalidade, de Brito Paes, com pesos a oscilar entre os 480 e os 610 Kg e que vieram a cumprir bastante bem no que toca à lide equestre, embora para a parte apeada ficassem aquém do esperado e não permitiram ao matador de serviço mais do que ligeiros apontamentos de valentia e esforço. Nesta corrida, a praça apresentou 3/4 fortes de casa, que fez jus ao ambiente caloroso do publico de Abiul no apoio aos artistas em praça.
Abriu praça o Ricardo Castelo com uma boa pega ao toiro mais pesado da corrida consumada à primeira tentativa, após brindar à empresa de Abiúl. Esteve correto no cite, mandou no toiro e reuniu com ganas de forcado. A entrada foi dura, o Tiago Oliveira “Salsa” deu uma importante “achega” e após o toiro fugir ligeiramente para a esquerda, o André Matos teve uma entrada oportuna e entretanto o resto do grupo envolveu o toiro com prontidão e eficácia.
No segundo toiro da corrida, o forcado da cara foi o Márcio Francisco. O toiro entrou duro e com uma mangada na diagonal conseguiu livrar-se do Márcio com aparente facilidade. Para a segunda tentativa, o Márcio corrigiu terrenos e postura e foi com aparente facilidade que efetuou uma pega técnicamente “limpa” com o grupo a corresponder em nível idêntico.
Para a terceira pega da tarde, o cara escalonado foi o António Faria. Era o toiro mais pequeno da corrida e a sua extraordinária voluntariedade ao cavalo havia-lhe esgotado grande parte das forças, mas nem por isso havia que dar confiança. O forcado entendeu tudo desde o inicio, deixou o toiro descansar, citou com a calma e serenidade necessárias e foi na altura exata que carregou e aguentou a investida do toiro que mais uma vez demonstrou uma grande nobreza e voluntariedade, proporcionando ao António uma pega de grau de dificuldade moderado mas que pela eficácia e “saber estar” do cara, merece nota positiva.
Para fechar a atuação, saltou o Rui Godinho que iria pegar de caras um toiro que também havia proporcionado momentos brilhantes de nobreza e voluntariedade no modo como se deixou lidar a cavalo. Brindou ao José Luis, um grande amigo do Grupo de Vila Franca. Não entendeu do melhor modo os tempos e acabou por precipitar a sorte de carregar antes de tempo, o que não foi benéfico para o desenrolar desta primeira tentativa, comprometida no final pela entrada tardia dos ajudas após o toiro baixar a cara e fugir para a direita do grupo. Na segunda tentativa foi o Rui Godinho que nos habituou e conseguiu uma pega eficaz, bem ajudado.
Após um jantar brilhantemente prorcionado pela inescedível voluntariedade e simpatia da família do José Luis, foi altura do grupo abrir praça (leia-se ataque ao baile) no centro de Abiul. Mais não conto…
Paulo Paulino “Bacalhau”