Abiúl é uma festa!


Abiúl tem ambiente.

Aquela pequena e muito bem cuidada praça onde se respira História da Tauromaquia Portuguesa é sem dúvida um ponto de paragem obrigatório para o aficionado. Não é só a Praça, é aquela gente hospitaleira que faz de uma Corrida de Toiros uma verdadeira festa com todos os condimentos genuinamente Portugueses. Aquele calor intenso, o peixe frito, os tremoços e pevides, as festas populares no meio da rua, o bailarico junto ao coreto e claro, também aquelas célebres moscas tão incómodas quanto vorazes que nos acompanham a toda a hora.

A romaria para a praça começa 1 hora antes, o bar da praça fica rapidamente apinhado de gente com sede e nas imediações as meninas de Abiúl passeiam as suas vestimentas e penteados, qual passagem de modelos.

Em Abiúl as pessoas vão á corrida para se divertirem, não é como em grande parte do País onde se frequenta a Praça de Toiros com intuitos diversos e em raros casos com este espírito. Se o público gosta, bate palmas e obriga o director a mandar tocar música. Em Abiúl manda o povo de Abiúl, sempre me apercebi desta máxima.

Esta corrida, a 2ª das festas, em que mais uma vez a Junta de Freguesia teve a gentileza de nos convidar a participar decorreu com este espírito e o nosso Grupo correspondeu em pleno ao exigido, com 4 boas pegas á 1ª tentativa. Os caras foram Nuno Comprido “Fura”, Márcio Francisco, Ricardo Castelo e Bruno Casquinha. Cada pega teve a sua história, mas em todas elas o nosso Grupo correspondeu com situações em comum. Os caras estiveram bem, no cite, no alegrar, no carregar, no aguentar, no recuar e claro no consumar, a 1ª á barbela e as restantes á córnea. Os ajudas estiveram excelentes e sempre a dar vantagem aos toiros, factor muito importante numa arena destas, de dimensões reduzidas. Um olé ao João Pedro Rosa Bento “Petróleo”, de volta ás 1ªs ajudas, eficaz como sempre. Depois da pega de caras da noite anterior, com esta exibição, os mais novos que se cuidem que o “Petróleo” está de volta no seu melhor.

O Zézé tinha quatro leitões assados preparados para o petisco e uma quantidade de espumante (perdi a conta ao 5º copo…) e aproveitou-se para celebrar o aniversário do Chaparreiro, sempre em ambiente de festa no meio de gente que gosta de festa, como o nosso maestro Vítor Mendes que nos honrou com a sua presença.

No final, obviamente que fomos bailar para o coreto, onde no meio das damas de Abiúl se bebeu e dançou até horas avançadas.

Abiúl é uma festa!

Paulo Paulino “Bacalhau”

Galeria: Abiul 2008 – foto reportagem

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