È sempre com muito prazer que voltamos a Abiúl. A empatia que se desenvolveu entre o Grupo de Forcados de Vila Franca e este público é de assinalar com respeito e admiração de ambas as partes.
Com muito público nas bancadas, uma enchente a roçar o pleno, com um ambiente extraordinário às 19h iniciou-se a corrida mista. Toiros de Brito Paes que saíram bem apresentados, dentro do tipo da ganaderia, em comportamento alguns furos abaixo do que nos vem habituado. Quanto aos cavaleiros Rui Fernandes um regresso em grande a uma praça que não pisava à algum tempo e triunfo forte, dentro do seu toureio esteve a gosto e fez vibrar as bancadas. Manuel Lupi, tocou-lhe dois toiros com poucas opções e resolveu com dignidade os problemas. Procuna, no toureio a pé, andou esforçado, bandarilhou fácil e com a muleta procurou o triunfo.
Os forcados:
Para o 1º toiro saltou o Pedro Henriques à frente do grupo, pegou à terceira, mostrando alguma falta de rodagem.
Ao segundo da ordem, num toiro que não se deixou lidar e que chegou à pega no 1º estado, inteiro, o Rui Graça bateu-lhe as palmas. Moralizado e com confiança mas só à quarta tentativa conseguiu pegar o toiro, já depois de o Emanuel Matos que esteve brilhante na 2ª tentativa ter recolhido à enfermaria. A pega consumou-se então á 4ª, já com o João Pedro “Petróleo” nas 1ªs e este acabou por ter protagonismo determinante na conclusão da pega.
Para o quarto, o mais pesado e de córnea acapachada o Ricardo decidiu-se pelo Rui Godinho. Este parou, mandou, templou, agarrou-se e à 1º pegou o toiro. Quando se faz tudo bem até parece fácil.
Nuno Comprido foi o eleito para o quinto e à 2º e com uma templada ajuda do Ivo Carvalho pegou o toiro que na primeira tinha vindo muito por baixo.
Seguiu-se mais uma jantarada e em ambiente festivo, desta feita “Leitão d´Asa” com o respectivo bailarico, onde a nossa rapaziada sempre se aprimora para receber as jovens emigrantes de forma acolhedora e que se sintam o mais “a la maison” possível, sob o som estridente de um rapaz que fazia tudo para nos derreter os tímpanos.
Vítor Pereira “Mané”