Na Marinha Grande, numa tarde meio soalheira, decorreu neste domingo, 5 de Abril, a 1ª Corrida de Touros do Sport Lisboa e Marinha.
Um cartel bem composto, com os artistas a darem boa conta de si frente a um curro de trapio mediano, a cumprir e sem complicações de maior, das Ganadarias de São Marcos e Santa Maria. Por se ter desembolado um dos touros e haver necessidade de trocar a ordem de saída relativamente ao sorteio, cada Grupo (Vila Franca e Aposento da Moita) acabou por pegar 3 touros da mesma Ganadaria, calhando ao Grupo de Vila Franca o lote de São Marcos.
A actuação de ambos os Grupos foi cumprida a um nível regular, sem complicar na grande maioria das pegas.
O Grupo de Vila Franca abriu praça através de Pedro Henriques, com uma pega agradável em que todos os tempos foram efectuados na medida certa, com boa técnica e o Grupo a colaborar lá atrás. Na pega do 3º touro, o Rui Godinho (uma das novas promessas do Grupo), ligeiramente tenso não recebeu nas condições ideais, mas emendou bastante bem e acabou por prevalecer a moral do forcado que prestes a sair da córnea do touro, acabou por recuperar bastante bem. Mais uma vez as ajudas colaboraram com acerto. Para o quinto touro, saiu para a cara o Nuno Comprido (Fura) que acabou por perder “os papéis” perante a investida pronta e franca do touro, acabando por se adiantar ligeiramente, o suficiente para levar com o touro e ser bastante maltratado no chão, vindo a sofrer uma lesão no ombro, o que o impediu de se retratar na 2ª tentativa. Foi dobrado pelo Bruno Casquinha numa pega eficaz, com a técnica adequada ao comportamento do touro e acabando por aguentar um derrote perto das tábuas, numa altura em que houve um ligeiro desacerto dos ajudas que ficaram praticamente todos a cobrir apenas um dos lados do touro. No entanto, a recuperação foi pronta e não deslustrou uma actuação bastante meritória de todo o Grupo.
O jantar foi um primor de simpatia da organização, onde destaco a família Marques, incansável em todos os detalhes para que toda a gente se sentisse bem. Estamos a falar de cerca de centena e meia de pessoas, que incluía os artistas e demais colaboradores do evento.
O destaque principal vai para as gentes da Marinha Grande que deram a resposta adequada aos “pseudo” amigos dos animais, mais preocupados no protagonismo de meia dúzia de figurantes incapazes de o terem de outro qualquer modo. Para azar deste pequeno bando, viu-se uma praça quase cheia e vibrante com o desenrolar de um espectáculo bastante agradável.
Paulo Paulino “Bacalhau”