A atuação do Grupo de Vila Franca na Corrida Vidas-CM


Foi no passado dia 14 de Maio que o Campo Pequeno efetuou a 2ª corrida desta época, a Corrida Vidas-CM, com um cartel bastante interessante, muito equilibrado e nivelado por cima no que toca a toiros e intervenientes. O Grupo de Vila Franca de Xira apresentou-se com as habituais ganas de triunfo pelas características envolventes deste espetáculo, fortemente ligados a grandes momentos históricos deste Grupo.

Não tendo sido a noite brilhante que o Grupo de Vila Franca legítimamente ambicionava, diversos fatores contribuíram para tal, não deixou de ser uma apresentação digna e empenhada, que de modo algum coloca em causa o seu valor e classe e onde a qualidade acabou sempre por prevalecer.

No 1º toiro da corrida o cabo Ricardo Castelo efetuou uma pega tecnicamente perfeita à 2ª tentativa, com todos os tempos corretamente marcados e muito bem secundado pela coesão do Grupo a ajudar eficazmente, como é seu apanágio. Na 1ª tentativa uma entrada do toiro a baixar a cara logo após a reunião, levando o forcado da cara pelo solo, desviando-o irremediávelmente do 1º ajuda após lhe pisar a perna e seguido de um forte derrote para cima a despachar, inviabilizou uma entrada eficaz dos ajudas e o sucesso esperado de consumar a pega nesta tentativa.

Para pegar o 3º toiro o eleito para a cara foi um forcado que dispensa apresentações, o Ricardo Patusco. Tratava-se de um toiro com algum poder e um comportamento que antevia uma eventual reunião alta e com uma mangada forte mas como é sabido, o imprevisibilidade de comportamento dos toiros é um fator de risco sempre associado a qualquer pega. Na 1ª tentativa, arrancou de largo numa investida pouco franca e o Patusco aguentou essa investida sem nunca a conseguir alegrar o suficiente e após recuar, no preciso momento da reunião, o toiro perdeu as mãos e literalmente falhou o forcado com uma entrada dividida entre o joelho do Patusco e o piso da praça. Na 2ª tentativa o toiro já denotou uma forte querença fixando-se nos tércios, tardou em investir ao forcado e quando após várias hesitações resolveu investir, já não havia grande margem para o cara se sacar corretamente, acabando por sofrer um forte derrote inicial que o “despachou” instantaneamente. Na 3ª tentativa estas mesmas dificuldades da querença e dificuldade do toiro em investir para a pega mantiveram-se mas o forcado da cara já resistiu à entrada dura do toiro bem secundado pelo 1º ajuda Bruno Tavares e com o Grupo a corresponder bastante bem, culminou uma pega pouco brilhante mas bastante esforçada.

Para a ultima atuação da noite a um 5º toiro que teve muita qualidade, o forcado da cara foi o Pedro Castelo. Consumou a pega à 1ª tentativa com uma técnica e eficácia que fazem dele um dos forcados referência não só do Grupo de Vila Franca mas também de todos os atuais forcados que pisam as arenas. Muita qualidade a citar, a carregar, a aguentar, a recuar e uma reunião perfeita coadjuvado por um Grupo de ajudas que funcionou num bloco perfeito, finalizaram uma atuação que deixou um sabor agridoce ao Grupo de Vila Franca neste regresso ao Campo Pequeno.

Paulo Paulino “Bacalhau”

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